Quando o meu tio
Artur morreu eu era menino pequeno. Em boa verdade não era meu tio mas antes
meu tio-avô, pelo que já era bem idoso quando faleceu.
Pouco contactei
com ele, que a relação não era de grande proximidade. Mas o que sei, por o ter
vivido ou por mo terem contado, está indelével na minha memória.
Uma das que sei
prende-se com a sua vida afectiva.
Rezam as crónicas
familiares que, aquando da época própria, namorava uma mocinha e que já se
falaria em casório.
Acontece que a
vida tem destas coisas e deu ele uma “facadinha” no namoro. E foi obrigado a
casar com esta outra.
Nunca conheci esta
tia, mas os comentários na família sobre ela não eram lá muito abonatórios.
Certo é que, e a
vida também tem destas coisas, o meu tio Artur acabou por enviuvar já
entradote.
Não sei quanto
tempo depois, mas a minha imaginação diz-me que terá sido pouco, apenas o
socialmente imposto, acabou ele por casar com a namorada da juventude, num amor
recíproco e nunca interrompido.
Daquilo que sei
das histórias familiares, foram muito felizes até ele morrer.
Daquilo que
recordo ter assistido, pequenote que era, lembro de serem um casal de
velhinhos, sempre simpáticos e sorridentes, com um quintal com roseiras em
flor.
Devem ter sido
mesmo felizes, que não creio que as rosas floresçam grandes e bonitas onde o
amor não viva.
Desconheço, com
rigor, que idade teria ele agora. E sei menos ainda qual a sua data de aniversário.
Mas sendo que hoje
é um dia tão bom como outro qualquer, deixo-lhe aqui os meus parabéns e um
obrigado pelos exemplos e vivências que tive.
By me
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