- Estou sim, bom
dia.
- Bom dia! Estou a
falar com o senhor Duarte?
- É o próprio.
- O meu nome é
Maria Silva e estou a falar em nome da empresa XPTO…
- Só um instante,
que a minha memória é fraca. Deixe-me tomar nota… Disse-me que o seu nome é Maria
Silva?
- Exactamente. E
queria perguntar-lhe…
- Só mais um
bocadinho. E disse-me que fala da empresa XPTO?
- Disse sim. E
queria saber se…
- Um momento. O
meu telefone deve estar com uma avaria, já que não vejo aqui o seu número.
- É natural, já
que estou a falar da empresa XPTO e queria…
- Espere! Então é
natural que não saiba o seu número?
- Sim, mas…
- Bem, não me
parece cordial eu estar a falar com alguém de quem não posso confirmar a
identidade. Quer fazer-me o favor de me dizer de que número está a falar?
- Sabe: não o
posso fazer. Estou a falar de um sistema automático e as regras da empresa…
- A sua empresa
não autoriza que se saiba o vosso número?
- Não, são as nossas
regras. Mas eu queria saber se…
- Pois essas serão
as vossas regras mas não são as minhas, p’la certa. Vamos fazer assim: a
senhora liga-me de novo, de um número identificado, e a conversa pode
prosseguir a partir deste ponto.
- Não posso fazer,
lamento. Mas o meu objectivo é…
- O seu objectivo
não sei e não creio que o venha a saber. Para que haja uma conversa é necessário
que ambos os interlocutores estejam em pé de igualdade. E não me parece que
seja o caso.
- Bem, nesse caso
terei que desligar.
- Faça o favor, já
que não fui eu que fiz a chamada. Bom dia!
By me
1 comentário:
- Desculpe, não acredito que fale da empresa XPTO, senão, como empresa séria, tinha o número identificado. Vou desligar porque, provavelmente, é da Al Qaeda. Ou pior, da NSA.
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