Uma das coisas que
acho graça nos cientistas e naqueles que escrevem sobre ciência é que, ao
emitirem palpites sobre a eventualidade de existir vida noutro qualquer ponto
do universo, partem do princípio que terá que se reger pelas características
das do planeta terra.
Não lhes passa
pela cabeça que não exista reprodução ou envelhecimento, não consideram que não
necessitem de oxigénio ou carbono ou hidrogénio ou que se relacionem com o
universo por formas que não sejam a luz ou o som.
Menos ainda
consideram que possam existir sem terem uma vertente corpórea. Deixam esta
questão para os teólogos ou espíritas, afirmando que tal não é científico.
Infelizmente,
estes ditos cientistas serão muitas coisas menos cientistas, já que esta
actividade implica ter a mente aberta a todas as possibilidades, mesmo aquelas
que não podemos provar. E aquilatar do universo, do qual pouco conhecemos,
apenas por aquilo que só sabemos manifestar-se nesta parcela ínfima do todo é,
no mínimo, arrogância.
O mesmo sucede no
aquilatar comportamentos de terceiros. Relações interpessoais ou arte.
Ajuizar pelo nosso
próprio desempenho, sem considerar outras perspectivas que não as nossas, é
assumir que somos o centro do universo, sendo a nossa perspectiva ou forma de pensar
a única válida.
Coisa que, obviamente,
não é.
By me
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