Juro
que fiquei sem saber bem que dizer ou opinar. Menos ainda de como ilustrar.
Aquele
profissional de imagem não sabia usar os dedos para dizer que zona do céu fica
mais saturada em termos de cor. O que não será grave, já que isso é truque
velho e hoje as saturações provocam-se em pós-produção e qualquer smartphone ou
tablet tem ligação à net onde está tudo isso e mais um par de botas.
Mas
também não sabia que a luz se propaga em linha recta e também em movimento
oscilatório. E que são essas oscilações, comprimentos de onda, frequência e ângulos
entre si que definem cores e saturações. E que as superfícies metálicas
polarizam a luz. E como controlar essa polarização. E…
Mas
afinal: esse profissional sabe algo mais que o simples apontar de uma objectiva
e passar para a posição “on” um interruptor?
Enchi-me
de paciência e, com a brevidade possível e recorrendo apenas a voz e às mãos,
tentei explicar-lhe tudo isto de uma forma acessível e prática.
No
final, ouvi:
“Eh
Pah! Essa coisa das frequências e dos comprimentos de onda é muito complicada. É
teoria a mais.”
Felizmente
que as circunstâncias em que nos encontrávamos propiciaram o fim da conversa.
Que
eu não gostaria eu de dizer o que me estava a passar pela cabeça. Nem gostaria ele
de o ouvir.
.
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