sábado, 10 de maio de 2014

.!.!.!.!.

Juro que fiquei sem saber bem que dizer ou opinar. Menos ainda de como ilustrar.

Aquele profissional de imagem não sabia usar os dedos para dizer que zona do céu fica mais saturada em termos de cor. O que não será grave, já que isso é truque velho e hoje as saturações provocam-se em pós-produção e qualquer smartphone ou tablet tem ligação à net onde está tudo isso e mais um par de botas.
Mas também não sabia que a luz se propaga em linha recta e também em movimento oscilatório. E que são essas oscilações, comprimentos de onda, frequência e ângulos entre si que definem cores e saturações. E que as superfícies metálicas polarizam a luz. E como controlar essa polarização. E…
Mas afinal: esse profissional sabe algo mais que o simples apontar de uma objectiva e passar para a posição “on” um interruptor?
Enchi-me de paciência e, com a brevidade possível e recorrendo apenas a voz e às mãos, tentei explicar-lhe tudo isto de uma forma acessível e prática.
No final, ouvi:
“Eh Pah! Essa coisa das frequências e dos comprimentos de onda é muito complicada. É teoria a mais.”

Felizmente que as circunstâncias em que nos encontrávamos propiciaram o fim da conversa.

Que eu não gostaria eu de dizer o que me estava a passar pela cabeça. Nem gostaria ele de o ouvir.
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