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Está lançada a confusão!

Amanhã irão decorrer os exames nacionais da quarta classe, actual quarto ano.

Jovens com dez ou onze anos irão mostrar o que aprenderam em língua Portuguesa, sejam lá quais forem os conteúdos previstos neste fim de ciclo.

Mas a polémica levanta-se com a introdução de um documento que os jovens (ou crianças) terão que assinar, declarando que não têm consigo nenhum equipamento proibido, como telemóveis, câmaras de vídeo ou fotográficas, leitores de MP3 e afins.

O ministério afirma que este documento não tem valor legal, os pais e professores afirmam não entender o significado disto e que apenas irá fazer aumentar o nervosismo dos examinados, não habituados a estas coisas de exames.

Tenho que admitir que concordo com a medida e que aplaudo de pé a sua introdução. Por muitas pedras que me atirem.

A passagem do jovem ou criança pela escolaridade obrigatória e, mais tarde, pelo secundário ou superior, mais não é que uma preparação para a vida adulta, ou dita adulta, com conhecimentos, capacidade, competências e conceitos que lhe permitam estar integrados e serem elementos válidos na sociedade.

Pode-se discutir e argumentar sobre a validade desta formação, mas é assim que funciona no Ocidente.

Ora uma das coisas que se pretende de um ser humano é que seja honesto e que cumpra os compromissos que assume.

A gradação com que se vai insistindo neste aspecto e com que se vai exigindo esse comportamento é, naturalmente, ajustado à idade da criança ou jovem e da seriedade da situação em causa.

Formalizar, através de uma assinatura, que se terá um comportamento honesto e que se não infringirá as regras do exame faz sentido. Talvez não, nesta idade, para que lhe sejam assacadas responsabilidades legais graves, mas para o consciencializar do dever da honestidade.

Este documento, mais que um compromisso, é uma aprendizagem. Séria, de monta e que ficará na memória de todos eles.

Nada vejo de mal ou de errado nisto. A menos, claro, que algum paizinho menos escrupuloso tente convencer o seu filho a ser menos honesto e ir preparado para usar das tecnologias para copiar no exame.

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