É
um daqueles fenómenos curiosos.
O
trajecto do comboio que, diariamente, me transporta de casa para o trabalho, ou
o inverso, é de vários quilómetros. E faz uma longa curva em “U”, terminando
numa posição inversa, de quase 180º, em relação à origem.
Interessante
mesmo é a sensação de “desorientação” que se sente se, entre a origem e o
destino, se estiver concentrado em qualquer coisa que não o exterior: leitura,
escrita, mesmo um passar p’las brasas.
Em
desembarcando, a notória mudança de posição do sol e respectivas sombras fazem
com que, por instantes, tudo pareça trocado, invertido.
Entre
outros motivos, porque só estamos habituados a sentir estas mudanças bruscas
com uma noite de permeio, o que não é o caso.
E
se isto sucede comum passageiro frequente, diário mesmo, imagino o que
acontecerá, em termos de orientação, a um forasteiro assim apanhado no perder o
norte.
By me
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