Este
é um gesto que, creio, todos fazem. De tranquilidade, de reflexão, de aumento
de força ou de sustentabilidade.
Também
o usamos, saibamo-lo ou não, para indicar algum distanciamento para com o nosso
interlocutor, se estivermos de conversa. A postura corporal, no seu todo, é tão
eloquente quanto a facial ou mesmo as palavras. Por vezes bem mais.
E
é um gesto, ou posição, que todos fazemos desde crianças, que o aprendemos por
imitação ou por experiência.
Sugiro,
então, que se faça uma experiência com ele:
Enlacem-se
os dedos desta forma, assim superficialmente ou com maior profundidade. Repare-se
que um dos polegares ficou liberto, sem estar preso entre dois dedos.
Desenlacem-se
os dedos e repita-se o gesto, desta feita colocando o referido polegar preso e
o outro na posição de liberto. E repare-se a estranheza ou desconforto com esta
outra posição. Sinta-se como quase parece que é a mão de outrem que seguramos e
não a nossa própria.
Mesmo
as coisas mais corriqueiras, como um gesto conhecido de infância, nos podem
parecer estranhos com pequeninos ajustes.
O
que me leva a perguntar, sem sofismas: Será que nos conhecemos assim tão bem
como queremos crer?
(*)
– Termo criado por um escritor que nos remete ao conhecimento profundo.
By me
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