Qual é, afinal, a
diferença entre cobrar mais impostos aos reformados e pensionistas e afirmar
que vão ser refeitos os cálculos dos quais resultam o que recebem,
reduzindo-lhes o rendimento mensal?
Na prática parece
que nada, não passando de semântica politico-económica. Os reformados e
pensionistas recebem menos, o estado paga menos. O objectivo governamental é
atingido: menor despesa no orçamento do estado.
Mas acaba por ser
um bom pedaço mais que apenas semântica.
Não havendo
discriminação nos impostos cobrados – na mesma proporção para todos os cidadãos
– dificilmente poderá vir a ser afirmado que se trata de medida inconstitucional.
Ficam estes
governantes e maioria parlamentar de suporte de bem com a lei, ficam estes
governantes de bem com as instâncias internacionais.
Não conseguem é
ficar de bem com o povo que os elegeu. Nem com aqueles que tinham firmado um
contrato a longo prazo com quem supunham ser “de bem” e que agora vêem as
regras alteradas ao sabor das decisões arbitrárias de quem nunca soube o que é
trabalhar. Ou quase.
E este jogo de política
baixa e economia de merceeiro não pode ficar-se por mera semântica.
By me
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