quinta-feira, 9 de maio de 2013

Cara ou coroa




Qual é, afinal, a diferença entre cobrar mais impostos aos reformados e pensionistas e afirmar que vão ser refeitos os cálculos dos quais resultam o que recebem, reduzindo-lhes o rendimento mensal?
Na prática parece que nada, não passando de semântica politico-económica. Os reformados e pensionistas recebem menos, o estado paga menos. O objectivo governamental é atingido: menor despesa no orçamento do estado.
Mas acaba por ser um bom pedaço mais que apenas semântica.
Não havendo discriminação nos impostos cobrados – na mesma proporção para todos os cidadãos – dificilmente poderá vir a ser afirmado que se trata de medida inconstitucional.
Ficam estes governantes e maioria parlamentar de suporte de bem com a lei, ficam estes governantes de bem com as instâncias internacionais.
Não conseguem é ficar de bem com o povo que os elegeu. Nem com aqueles que tinham firmado um contrato a longo prazo com quem supunham ser “de bem” e que agora vêem as regras alteradas ao sabor das decisões arbitrárias de quem nunca soube o que é trabalhar. Ou quase.
E este jogo de política baixa e economia de merceeiro não pode ficar-se por mera semântica.

By me

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