Não
é todos os dias, mas volta e meia lá me apetece: tomar um cafézinho a meio
caminho entre casa e a estação de caminho-de-ferro.
São
vários os locais onde o posso fazer: nestes bairros suburbanos os cafés surgem
quase como que de entre os interstícios das pedras, numa tentativa de fazer negócio
e p’la vida.
Acontece
que alguns não frequento. Ou porque me recuso a ser menos bem atendido, ou
porque não gosto do ambiente visual, ou porque não gosto da qualidade do café.
Preferências!
Mas,
neste trajecto de uns 1800 metros, há alguns de que gosto. Dois, para ser mais
exacto.
Pois
faço eu questão de, quando tenho essa tal vontade, de me alternar entre um e
outro. Num dia vou ao que me fica mesmo em caminho, no outro vou a um outro,
com um mínimo desvio de caminhada.
Porquê?
Porque,
nestes tempos de crise em que vivemos, há que saber ser consumidor e cidadão,
acarinhando gente e locais de que gostamos. Desta forma, ao dividir-me por mais
que um local, e não deixando de satisfazer a minha vontade de tomar café, vou “distribuindo
o mal p’las aldeias”, dividindo o meu gasto e os seus lucros por vários.
Acredito
que, agindo assim, estarei a contribuir positivamente para minimizar os efeitos
do período que atravessamos. E a dar um pouco mais de alento aos que o merecem.
By me
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