Leio num jornal diário,
que na Hungria o revivalismo histórico e Nazi está a ganhar força, com o apoio
explícito das forças governamentais.
Leio também que a selecção
de futebol Alemã foi multada por os seus adeptos terem exibido uma bandeira
neo-nazi durante um jogo.
Ainda não há muito
tempo que ouvíamos e líamos sobre as medidas proteccionistas francesas sobre
imigrantes, bem como de que forma a extrema-direita vai ganhando força nesse país.
Também na Suíça,
uma nação supostamente neutra e que gosta imenso de ter imigrantes a fazer o
que os nativos não querem – como todos os demais países, de resto – vão aumentado
as discriminações sobre as nacionalidades de quem aceitam como imigrantes.
A Itália, um país
que não o era ainda não há tanto tempo quanto isso, está igualmente a braços
com segregações nacionalistas em que, naturalmente, os de fora são os alvos
preferenciais.
Mesmo aqui ao
lado, em Espanha, vimos os resultados das últimas eleições, vamos vendo o que
vai acontecendo em manifestações, mas não nos vai sendo contado o que acontece
com os “sem papeis”, de que forma as autoridades vão lidando com os migrantes
que procuram fazer da península Ibérica uma porta de entrada para um tal utópico
“EL dourado” europeu.
Por cá… por cá
vamos assistindo a uma mistura entre o querermos que os estrangeiros por cá
estejam, que trabalhem, tenham filhos e paguem impostos, e à redução de
migrantes em território nacional que a eles são dados os trabalhos mais penosos
ou desagradáveis e a eles se paga menos e sem contratos legais.
Assusta-me ver
estes pequenos grandes sintomas de extremismo, em parte motivados pelas crises
económicas que vamos vivendo, em parte alimentados pelos nacionalismos
radicais, em parte satisfazendo uns quantos de títeres ainda encapotados.
A história tem-nos
contado o que sucede às civilizações quando as posições se extremam, quando o
trabalho, ou mesmo a comida, começam a escassear.
As euforias
provocadas pelos confrontos desportivos, com as respectivas frustrações dos
perdedores que abordam as derrotas como se de tragédias se tratassem não são
apaziguadores de ânimos.
Que, após cada jogo,
se se apercebe que a tarraxa está cada vez mais apertada. E as bílis se
manifestam sempre para o mesmo lado.
By me
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