Tem-se falado, nos
últimos dias, em como os termómetros subiram em flecha e caíram a pique.
Cá por mim não me
queixo!
Para já, os meus
termómetros estão, regra geral, guardados em locais de onde não podem cair.
Depois, estão
dentro de caixas onde, mesmo que caiam, ficarão protegidos de alguma violência
implícita.
Como se tudo isso
não bastasse, tenho o cuidado de possuir termómetros robustos, capazes de
resistir a algum tratamento menos condigno a um aparelho de medida de algum
rigor.
Como é o caso
deste, velho companheiro de, talvez, trinta anos, fiel medidor de temperaturas
de líquidos, operação imprescindível para quem trabalha com químicos de
fotografia.
Que, e para quem não
saiba, não é o mesmo revelar a 20º ou 22º, nem se recomenda que a amplitude térmica
entre químicos sucessivos seja maior que um grau e meio. O reticulado
resultante, quer na emulsão propriamente dita quer, e se formos mesmo exagerados,
na superfície de suporte pode dar um efeito com graça mas não é o que se
pretende na esmagadora maioria dos casos.
Quanto ao resto, e
se formos tão rigorosos com a língua quanto com as temperaturas, o que sobe ou
desce não são os termómetros. Será o mercúrio neles contido e se este estiver
na vertical.
Isto presumindo
que falamos de termómetros de mercúrio, agora em desuso. Que nos termómetros de
máxima e mínima será mercúrio e álcool e nos electrónicos será resistividade.
Em termos de
linguagem comum, até podem dizer que as batatas fritas atingiram um valor de
26º. Que o que importa é que nos
entendamos. Agora se vamos ser rigorosos – como a fotografia pode impor – ou se
vamos usar as temperaturas como justificação ou explicação para outros fenómenos,
então convém que saibamos de que estamos a falar e usemos os termos correctos.
Por mim, e apesar
da “queda da temperatura”, não foi o seu barulho que me incomodou e dormi bem
esta noite.
By me
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