quinta-feira, 21 de junho de 2012

Ao balcão



A conversa surgiu divertida, por via de um mal entendido. Aproveitando o quebrar do gelo, ganhei eu coragem e fiz a fotografia que queria.
Do lado de cá do balcão só havia um homem. Mas eu era o mais novo do grupo de clientes. Que, enquanto eu mostrava e não mostrava as fotos, me perguntaram rapidinho:
“E em que número do Jornal da Região vai sair a fotografia?”
Sabendo que não seria impressa mas antes digital e na web, afirmou toda sorridente uma das que comigo partilhavam a não existência de bancos naquele balcão:
”Ena! Na Internet e tudo! Viva o luxo.”

As febres nacionalistas rectangulares em torno do redondo mantêm-se bem vivas. Tal como algumas ignorâncias e relativização de valores. 

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