Não é bem o clássico
“bitoque”. Falta-lhe a molhenga gordurosa onde ensopar o pão, tem um toque de “novelle
cuisine ao usar presunto no lugar de fiambre e vinha com uma, uma só, azeitona.
No entanto, posso
dizer-vos que a carne estava espectacular, que o vinho da casa – Dão – se recomenda
e que não sendo uma pechincha, não foi caro.
Onde? Num centro
comercial aqui da minha zona – Sintra.
No mesmo centro
onde vi no corredor um dito fotógrafo a fazer fotografias ditas artísticas a
uma mocinha acabada de entrar na adolescência. Tudo sob o olhar vigilante e
babado da mãe.
Aquele que
segurava na câmara (que outro nome me não atrevo a dar-lhe) tinha o espaço,
ainda que exíguo, mais ou menos bem apetrechado: três flashes, dois com caixa
difusora larga, um terceiro com sombrinha reflector, sistema wireless de
disparo…
Claro que não
usava pára-sol, mas isso não serve para nada debaixo de telha, não é?
Claro que as três fontes
de luz estavam uma de cada lado, simétricas a 180º e a terceira p’la frente, a
45º com a objectiva.
Claro também que luz
de recorte (ou luz de trás, ou “Hair Light” como dizem os americanos) não
existia. Para quê? Afinal, quem é que vê a parte de trás da cabeça do/a
fotografado/a?
Enquanto que para
este bitoque usei luz natural, que entrava p’la janela e serviu para o efeito,
fazia sentido que alguém fosse ensinar esses fotógrafos de meia-tijela que a
matéria prima com que trabalham é a luz e que se não a souberem usar estão vender
gato por lebre aos incautos que querem mostrar como os seus rebentos são
prendados.
By me
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