quinta-feira, 21 de junho de 2012

Subliminariedades




Acedo ao supermercado aqui do bairro pelo estacionamento subterrâneo. Não que tenha carro – pois se nem carta! – mas antes porque é o acesso mais directo.
Esteve este espaço em obras recentemente, com o repintar da marcação dos lugares de estacionamento e zonas de peões, sinalização horizontal e demais detalhes que não dei por eles.
Ontem dei foi com estes dois cartazes, simpáticos, por cima de lugares de estacionamento pintados a cheio, um a verde, outro a azul e fiquei francamente elucidado sobre o que acontece no supermercado aqui do bairro.
Fiquei a saber, por exemplo, que aqui no bairro as crianças de colo conduzem, já que têm lugar reservado. A menos que se refiram aos seus carrinhos ditos “de bebé”, mas serão carrinhos enormes, pelo espaço que lhes está reservado.
Já o espaço para famílias numerosas também foi elucidativo. Esclareceu-me que um casal com duas crianças já é numeroso. Esta seria fácil de deduzir, se consideramos a taxa de natalidade Lusa.
Fiquei também ciente que as famílias numerosas não viajam em autocarros ou carrinhas especiais, que a área reservada tem exactamente o mesmo tamanho que qualquer outro lugar de estacionamento.
Também descobri que, na mente de quem concebeu este cartaz, as crianças do sexo masculino andam de calções.
Mas, mais importante que tudo isso, foi-me passada a informação de que este supermercado, de uma grande cadeia alimentar do país, tem um carinho especial por famílias numerosas, a ponto de lhes dar lugar de destaque. Talvez porque sejam grandes consumidores.

A questão das mensagens subliminares é levadinha da breca. Principalmente quando damos pela marosca.

By me 

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