sexta-feira, 8 de junho de 2012

A justiça e os seus agentes




Fiz esta fotografia nos inícios de Novembro do ano passado. O cartaz estava num painel publicitário bem no caminho que frequento diariamente.
Serviu a imagem para ilustrar o que penso da conflituosidade dos tempos que correm, a crise que também se abateu sobre uma classe dita “abastada” e a necessidade de se recorrer a advogados para se resolver problemas. E de como qualquer uma destas questões me incomoda.
Nem o texto em causa nem a imagem são brilhantes, pela que quase não me recordava deles quando ontem percebi o quão boa é a fotografia.
É que a descubro num espaço web, sem referência a autor (eu), ao texto que a acompanhava (meu) e re-publicada por um advogado.
Achei graça à ironia da situação (use-se o conceito de ironia também na palavra “graça”) e deixei um comentário onde ela foi publicada. Se bem me recordo do que escrevi, referia eu o não constar o autor (eu mesmo) e o facto de nela se falar de justiça. E deixei um link para a minha própria publicação.
Resultado? Escassos minutos depois, talvez nem cinco, estava a imagem não acessível. Não sei se porque apagada se por eu mesmo ter sido bloqueado. E, apesar de eu estar identificado ao comentar, nem uma palavra de resposta.
Sendo que quem da fotografia se apropriou não é das minhas relações, nem sequer lhe fixei o nome, o que é pena. Teria ido ao seu espaço deixar a minha opinião – bem clara e sem rodeios – sobre o que penso.
Que, além do se ter apropriado da autoria da fotografia (uma simples referencia ao autor teria sido suficiente), o “sair de fininho” como se nada se tivesse passado e sem justificações deixou bem claro a sua atitude perante a justiça dos actos. E, no caso, perante o seu próprio ofício.
Sendo certo que a minha opinião sobre as práticas da advocacia já não era a melhor, depois disto garanto que não subiu na minha escala de valores.
Entenda-se, no entanto, que o meu ego ficou cheio ao saber que uma fotografia minha que não tenho em grande conta foi considerada suficientemente boa para que um advogado cometesse tal acto.


By me

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