A conversa
decorria com a urbanidade possível entre quem quer terminar uma relação de
prestação de serviços e quem quer apresentar justificações para os seus actos e
transferir responsabilidades dos mesmos.
Pela parte que me
toca, estava desejoso que a conversa terminasse e que eu dali saísse sem dizer
algo que não devesse em condições de boa educação. Tanto do ponto de vista de
conteúdos como de vocabulário.
Estava a ter
sucesso nesse meu esforço quando ouvi:
“Sabe, tenho muita
consideração por si. Tal como muito respeito pelo seu pai, com quem tive oportunidade
de trabalhar.”
Se eu já estava
com pressa, passei a urgência.
Quem quer que
tenha que recorrer aos parentes do seu interlocutor para justificar os seus próprios
actos está absolutamente sem argumentos válidos e a recorrer a algo que abomino:
lisonja!
Por outro lado,
quem quer que faça comparações de alguém com os pais desse alguém, está
manifestamente, a menosprezar a pessoa com quem fala. Que o que de bom ou mau
cada um tem no seu carácter e postura a si o deve e não aos progenitores, sejam
eles quem ou o que forem.
Consegui dali sair
sem sujar a minha boca com palavras explícitas ou frases rebuscadas com o mesmo
significado. Já quanto aos pensamentos…
Bem, já cá fora
limpei a alma com o fazer de algumas fotografias. Não ficaram nada que se
apresente, mas cumpriram o objectivo.
By me
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