Há uns anos um
líder do Hamas (Palestina) morreu na sequência de um disparo de mísseis a
partir de helicópteros Israelitas.
A esse respeito e
sobre a forma como morreu ouvi alguém, com grande poder editorial num órgão de
comunicação social, corrigir um subalterno:
“Assassinado não!
Abatido!”
Agora leio um
título num jornal diário português: No Name boys escapam à prisão.”
São os verbos e os
tempos, os adjectivos e os substantivos, vozes e advérbios que fazem a
diferença.
O facto de serem
quase sinónimos, mas apenas quase, transforma a informação de um facto na
opinião sobre um facto. E, com isto, várias coisas acontecem, raisparta!
A – Molda-se a
opinião do público (leitor, ouvinte, telespectador) atribuindo cargas positivas
ou negativas aos factos mas sem o dizer claramente.
B – Quebra-se o
código deontológico dos jornalistas.
E o cidadão comum,
preocupado que está na sobrevivência diária, engole as opiniões como se de
factos se tratassem. Como o rato engole o isco.
Incomoda-me que as
secretas possam fazer relatórios sobre jornalistas. É errado que as suas vidas
(ou as de quaisquer outros) possam ser devassadas com fitos pouco claros e nem
sempre honrados.
Mas muitos
escribas da informação bem que mereciam ser erradicados do ofício, passando a
reportar não mais que o crescer da relva nos jardins ou a taxa de reprodução
dos coelhos nas agropecuárias.
Que impor
dissimuladamente opiniões ou pensamentos é tão mau quanto proibir os mesmos. Ou
pior!
By me
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