terça-feira, 29 de maio de 2012

Carta aberta




Uma vez mais tive que publicar este texto num grupo.
Começo a ficar cansado de o fazer!


Há uns anos convidaram-me para pertencer a um partido político. Com um sorriso de condescendência, recusei, argumentando junto do amigo que me havia convidado.
Também há uns anos, um quarto de século talvez, convidaram-me para ser sócio dos bombeiros do meu bairro. Aceitei de imediato, com um muito obrigado a quem me havia convidado por pensar que eu poderia ser assim útil.
Da mesma forma, há uns anos perguntaram-me se quereria eu ser sócio de um clube de futebol. Olhei o meu interlocutor e perguntei-lhe se sabia quem eu era e se me conhecia. Pondo a ironia de parte, disse que não, muito obrigado.

Teria eu tido reacções bem distintas, muito distintas, se desse comigo inscrito como militante de um partido, sócio de bombeiros ou de um clube de futebol sem que primeiro mo houvessem perguntado. Para além de “partir a loiça”, perguntaria a quem me inscrevera se era de fato meu amigo ou se haveria alguma segunda intenção escondida, para assim me ofender.
Faço muita questão em ser membro activo na sociedade em que vivo, mas também faço muita questão de ser eu a escolher o como sou interventivo e onde intervenho, não deixando por mão alheias essas decisões. Menos ainda à revelia da minha vontade.
Foi o que aconteceu com este grupo! Sem que mo perguntassem previamente, decidiram que eu deveria ser membro e fizeram-no, quisesse-o eu ou não.
Não gostei e continuo a não gostar de cada vez que penso no assunto!
Assim sendo, peço à mesma pessoa que me colocou como membro que me faça o favor de me retirar de tal condição.
E se, mesmo assim e depois desta prosa, continuar a pensar que seria útil ao grupo e a mim uma relação de proximidade, fica essa mesma pessoa liberta para me enviar um convite.
Ponderarei no grupo, nos seus objectivos e no seu historial e então, só então, tomarei uma decisão.
Que se me bati por um estado democrático e contra um partido único, continuo e ser da mesma opinião e combates.

By me

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