Há duas certezas
que tenho na vida!
A primeira é que
morrerei. Para vantagem minha, que não me aturaria por muito tempo. Para
vantagem da humanidade, que não me suportaria por muito tempo.
A segunda é que
ninguém irá escrever na minha tumba “Aqui jaz um tipo de bom feitio”.
Por vezes, e
confrontado com certos comportamentos de algumas pessoas, ou certos
comportamentos da Humanidade, a minha vontade é enfiar uma armadura e ir em
frente, partindo tudo, em particular algumas caras.
Mas depois fico a
pensar: será que vale a pena o esforço de ter em cima uma coisa destas só para
satisfazer a raiva que tenho?
E a conclusão a
que chego é que não. Algumas pessoas (ou alguns grupos de pessoas) o mais que
merecem da minha parte é o desprezo do olvido, é o fazer de conta que não
existem e, se o passado não pode ser apagado, riscá-las do meu futuro.
Quanto àquelas
outras que, queira-o eu ou não, têm que fazer parte do meu futuro, não será uma
armadura que resolverá a questão. Uma boa rajada ou um candeeiro sólido é
quanto basta. E, no final da função, encostar-me com um cigarrito numa mão e
uma câmara fotográfica na outra, sorrindo.
Mas, como eu
disse, não tenho exactamente aquilo a que se pode chamar “bom feitio”.
By me
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