Numa cafetaria de
um centro comercial, encosto-me ao balcão.
O homem, já
entradote, estava de conversa com um casal e mal pareceu dar por mim. Quando,
finalmente, me deu a saudação, pedi-lhe um café. Cheio, por favor.
“Cheio de
quantidade e de qualidade”, disse-me, virando-se para a máquina.
“Temos conversador”,
pensei. E ripostei em voz alta: “Sim, mas mais do segundo, se puder ser.”
Enquanto a bica
pingava o café, preparou-me ele o pires e a colher, perguntando se queria açúcar
ou adoçante.
“Açúcar, claro.”
“Ah, e quer branco
ou amarelo?”
Quis eu ser
engraçadinho e pedi: “Mascavado, por favor.”
“Também tenho!” e
esticou-me uma cestinha com pacotinhos que nunca eu havia visto.
A partir daqui a
conversa seguiu, fluida e divertida, versando, imagine-se, cocktails, o que ter
para tal e como fazer alguns.
Afastei-me com o
bom sabor do café na boca e a boa memória de uma boa conversa, bem o invés da
primeira impressão, logo à chegada.
Tinha já cruzado
duas esquinas do centro comercial quando me lembrei de algo mais que importante
e arrepiei caminho.
Encostei-me de
novo no balcão e ele, surpreendido, perguntou o que mais desejava eu.
“Pagar, que com a
conversa esqueci-me.”
“Fantástico!”,
exclamou. E brindou-me com um belo de um sorriso.
É tão barato
deixar alguém satisfeito e a sorrir…!
By me
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