Um tipo deita-se tarde. Mesmo tarde. Porque quis ou porque teve que ser, um tipo deita-se bastante tarde.
Enfim, não tão
tarde que, em deitando-se, oiça os galos a cantar. Mas tarde o suficiente para recordar
os velhos avisos ouvidos na meninice sobre o deitar cedo e cedo erguer.
E um tipo tem que
se levantar cedo. Bem cedo. Não porque queira, que um tipo nunca quer estas
coisas, mas porque tem que ser. E o que tem que ser tem muita força.
Vai daí um tipo,
para ter a certeza que acorda quando tem que ser ainda que não o queira, regula
três despertadores. Não que um tipo costume não ouvir o primeiro, mas antes
porque nunca se sabe, e um tipo sabe que se deitou tarde e tem que acordar
cedo.
De manhã um tipo
acorda ao som do primeiro despertador. “Fixe”, pensa um tipo. “Até que nem
custou muito.”
E um tipo sai da
cama para o desligar, antes que os outros aí venham com a sua chinfrineira.
E é aí que um
tipo, já de pé e a olhar para os despertadores, acha que há algo errado. É mais
cedo que o que deveria ser. “Que raio!” diz um tipo. “Queres ver que tenho este
adiantado?”
E, ao confirmar,
um tipo descobre que tem os três despertadores certos. Aquilo que não está
certo é a hora para despertar do primeiro, aquele que acordou um tipo. Está
marcado para duas horas mais cedo do que devia.
E que diz um tipo
ao constatar isto?
Nah, Nah, Nah!
Um tipo não
reproduz aqui o que disse, que há senhoras a ler estas palavras e um tipo é
bem-educado, que raio!
Texto e imagem: by
me
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