Ir às compras num
primeiro Domingo do mês, sendo para mais o mês de Dezembro, é sempre uma
aventura e requer uma dose sobrevalorizada de paciência.
O supermercado cá
do bairro tem umas 16/18 caixas e, nestes dias, estão mais de metade em
funcionamento, tentando as empregadas mostrar um sorriso para os clientes que já
desesperaram na fila para pagamento.
Foi assim que me
conformei em ter que lá ir. As folgas aleatórias e os horários malucos não me dão
muita margem para poder escolher o dia da semana em que posso por lá passar.
Paciência!
Almocei, pus a
sacola das compras às costas, partilhando o ombro esquerdo com a câmara, e fui.
Surpresa!
Pelas 15 horas,
mais coisa menos coisa, apenas quatro caixas em funcionamento e nenhuma delas
com mais de um cliente à espera. Visão abençoada, apenas antecipada pela
quantidade de espaço vazio no estacionamento e as filas de carrinhos de compras
cá fora.
Assim, face a esta
experiência inaudita, apenas posso concluir uma de duas coisas: ou bem que os
moradores cá do bairro viraram todos muito crentes na fé cristã, que reserva o
Domingo para essas celebrações, ou estão todos “nas encolhas”, guardando o
pouco que têm lá mais para o Natal e para uma consoada mais compostinha.
Sendo que os
templos não abundam cá por estas bandas, e a menos que tenham optado pelos templos
do consumismo chamados “CC Qualquer-Qoisa”, opto por ser verdade a sua versão.
Vantagem minha,
fotógrafo não crente.
By me
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