terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Entrudo




Chama-se… Não importa como se chama, pronto!
Mas tem dezoito anitos e um sorriso simpático, ainda que, por vezes, um pouco triste. O que me não espanta, já que sei um pouco do que ela trabalha para ganhar a vida e do que está a passar do ponto de vista emocional.
Mas é simpática e dinâmica.
Pois ela não sabia, para espanto de alguns de nós do lado de cá do balcão, o que é o Entrudo. Tal como não sabia o que são os Domingos Gordos e Magros, a Quarta-feira de Cinzas ou a Quaresma. Enfim, sabia quem era “O” Quaresma, mas não “A” Quaresma.
Exactamente a mesma que, há uns bons meses atrás, me disse que tinha lido apenas um livro (do qual sabia todo o enredo de faca-e-alguidar). Espero que, entretanto, tenha lido o “Principezinho”, que então lho comprei e ofereci.

Nem sempre é fácil quebrarem-se as barreiras do desconhecimento. Umas vezes porque não sabemos aquilo que desconhecemos. Outras porque se está fechado de tal forma em torno do “tem-que-ser” que todo o resto fica de fora.
Faço ponto de honra que, ladeando o meu caminho, fiquem alguns indícios daquilo que se pode aprender. Um nico aqui, um pouquinho ali, um nadica mais acolá. A troco de quê? Bem, como disse vezes sem conta no Jardim da Estrela, as coisas boas da vida não se obtêm a troco de dinheiro. E saber que outros alargaram os seus horizontes não tem preço!

Texto e imagem: by me

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