Não acredito em
soluções milagrosas nem em fórmulas infalíveis!
Mas que algumas de
tal se aproximam, lá isso é verdade.
Por mim, encontrei
algumas respostas práticas para situações que podem provocar incómodo ou
aborrecimento. Tenho-as usado amiúde e sempre com sucesso.
Uma delas é o que
faço quando sou abordado por missionários de uma qualquer confissão religiosa.
Respeito as suas crenças e não quero ser rude para com eles. Acontece, porém,
que alguns conseguem ser insistentes para além da boa educação e, sabemos, toda
a acção tem uma reacção.
Nessas circunstâncias,
e antes que quem me aborda possa ir muito longe no seu discurso previamente ensaiado,
costumo assumir um ar meio beatífico, de mãos postas, e esclarecer que, ainda
que conheça os seus preceitos, professo a religião Shintoísta. Remato com um “bem-haja”,
sempre de mãos postas, e uma pequena vénia.
Ficam sempre atónitos,
sem resposta que me dêem, pelo que vão à sua vida e eu à minha. É uma mentira
que digo mas tem perdão, já que evita que a conversa se prolongue com
aborrecimento da minha parte e um fim de conversa eventualmente abrupto.
Uma outra solução
que encontrei acontece à porta de casa. Os vendedores de serviços de comunicações
são particularmente insistentes nos seus argumentos e é muito raro aceitarem um
“não estou interessado” sem tentarem vender o seu produto. Sei que estão a
tentar ganhar a vida honestamente, mas poderiam ser menos incómodos.
Para evitar
conversas compridas, costumo dizer-lhes, logo à cabeça, que o serviço que tenho
é-me pago pelo meu patrão. E que se tiverem algo que me fique mais barato,
estou na disposição de ouvir.
Vejo-lhes um
sorriso amarelo nos lábios, sinto-lhes a mente em busca de uma resposta padrão
para me darem e acabam por fazer aquilo que quero: despedirem-se sem mais conversa.
Uma vez mais é uma
mentira, que algumas vezes ambas as partes sabem que é, mas sempre evita que eu
dê informações que não quero dar, bem como eles ouvirem uma negativa após
gastarem o seu tempo de vendedores.
Sei que nestas
situações estou a enganar quem me aborda, mas eu também nunca afirmei que não
mentia!
Texto e imagem: by
me
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