Se eu lhe disser
que este livro vale 20,9 cêntimos por ano e que me custou 20 euros, que idade
tem o livro?
Acertou! Tem jeito
para a matemática ou é bem veloz a consultar a calculadora. Vinte valores por
ter dito 99 anos!
De facto, foi
editado em 1913 o livro que contém esta gravura: “Traité général de
photographie”, escrito por Ernest Coustet, e publicado por Librairie Ch.
Delagrave, Paris.
Tropecei nele num
alfarrabista onde entrei a perguntar por um outro, que nada tem a ver com
fotografia. E que não tinham, como já desconfiava.
Conversa vai,
conversa vem – alguns alfarrabistas são excelentes conversadores – e acabei por
perguntar o que tinha sobre fotografia. Apenas isto, a que não resisti.
Na leitura na
diagonal que lhe dei, no comboio de regresso a casa, entre outras coisas
explica bastante bem a diferença entre as emulsões “ordinárias” e as “orthocromáticas”,
incluindo as substancias acrescentadas às “ordinárias” para que tenham um
melhor rendimento cromático. E, entenda-se, à época ainda não haviam descoberto
que esse rendimento não era o melhor, nem se havia ainda inventado as emulsões “panchromáticas”,
que hoje todos usamos.
E fórmulas. E
diagramas mostrando as diferenças de construção entre os diversos tipos de
objectivas. E… um manancial de informação, na altura tecnologia de ponta, que
até já é difícil de encontrar nas publicações que hoje se encontram.
Quem quiser
sensibilizar superfícies, em preto e branco ou a cores, aqui poderá aprender
como e com o quê.
Um daqueles
tesoirinhos que encontramos se passamos no sítio certo, na hora certa e
falarmos com a pessoa certa. E bem mais barato que um par de botas ou que um
almoço de Natal, num dos poucos locais que estejam abertos nesse dia.
E bem mais
duradoiros. Este tem quase um século.
E, para que se
possam rir um pouco, este era o aspecto de uma câmara reflex em 1912.
Texto e imagem: by
me
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