Ao longo dos anos
tem-me acontecido o mesmo que acontece a quase toda a gente: ter que usar um
sanitário que não o nosso num estabelecimento comercial. Em regra de restauração
ou um centro comercial.
E, ao longo dos
anos, já me deparei com quase todo o tipo de sanitários, dos mais higienizados
de fazer inveja a qualquer cozinha, àqueles que só de entrar faz desaparecer
toda e qualquer vontade urgente. Cheguei mesmo a estar num em que eu, que meço
1,72 metros, tive que fazer o que tinha que fazer em bicos dos pés. E, note-se,
foi num hospital.
Mas hoje foi uma
novidade, novinha em folha: urinar olhando por uma janela. Já tinha encontrado
paredes, com ou sem graffitis, espelhos, obras pseudo-artísticas… Agora uma
janela… Aberta e com grades, entenda-se.
Pouparam os
administradores na energia eléctrica, que p’la janela entra luz, poupam os
administradores em desodorizar o espaço, que p’la janela muito dos odores saem,
e fica o utente mais satisfeito, que não tem uma parede, decorada ou não, em
frente do nariz.
Fica este sanitário
especial num centro comercial, a meia distância entre Lisboa e o meu bairro.
Mais um daqueles centros comerciais em que as lojas vão fechando ou mudando
para locais menores e de renda mais barata, por causa da crise.
Mas deviam
anunciar a raridade. Que os utentes, entre o ir e o voltar e fazerem o que
tiverem que fazer, sempre pode ser que gastem umas lecas numa das lojas.
Texto e imagem: by
me
1 comentário:
O mais arrojado que conheço situa-se no CC Chiado. A janela é de sacada - de alto a baixo - e proporciona aos que se aliviam uma vista espantosa sobre os telhados da Baixa. Também proporcionará uma vista espantada a algum vizinho que procure alívio no uso de binóculos...
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