Não é uma questão
de superstição, mas quem sabe se não será o início de uma mudança radical.
Desde que me
conheço que tem sido a minha perna esquerda a sofrer de maleitas e acidentes. Foi
uma intervenção cirúrgica, que me pôs seis meses a andar de muletas, foram várias
entorses, uma das quais com direito a baixa e inviabilizando um projecto de
reportagem fotográfica alargada, foi uma inflamação no nervo ciático, petisco
que não recomendo nem ao mais valente, foi um cravo no pé que teve que ser
queimado… isto e mais uma série de outras pequenas coisitas, daquelas que podem
acontecer aos membros inferiores, sempre na perna esquerda.
Entretanto o país,
talvez porque ia vendo a perna direita saudável, ia virando para esse lado,
chegando ao ponto em que nos encontramos hoje, com a direita política pujante e
activa, fazendo o que quer, enquanto que a esquerda política vai protestando
como pode, mas sem grandes consequências. Para mal de todos nós, é o que se vai
constatando.
Hoje, para mui
grande surpresa minha, foi a vez da direita me deixar mal. Como consequência
temos um, uma vez por dia; outro, duas vezes por dia; outro ainda, três vezes
por dia; um quarto em permanência durante todo o dia; e um último, que já cá
tinha a título de decoração, que será usado em caso de necessidade.
Acrescente-se uma semana de inactividade quase total.
Com um pouco de
sorte, se desta vez é a perna (o artelho, para ser mais rigoroso) direita a
chatear, talvez o país mude de rumo.
Ok, quando olho
para o espelho também penso ser o Pai Natal, portanto não se admirem. Mas a
primeira parte da equação está certa.
Texto e imagem: by
me
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