sábado, 24 de setembro de 2011

O lixo, o espaço e o espaço do lixo



Diz a NASA que não sabe onde caiu o seu lixo espacial. E não creio que esteja muito preocupada com isso.
É que é muito mais barato pagar uma eventual indemnização por danos materiais, ou mesmo vidas, que manter um sistema de monitorização constante e rigoroso sobre onde anda e como o lixo que põe no espaço.
Eu, que do espaço pouco sei e que da NASA só sei de ouvir contar, sei em contrapartida onde pára parte do lixo que alguns dos vizinhos aqui do bairro colocam: aqui mesmo.
Vão amontoando à-toa restos de electrodomésticos, televisores, peças de automóvel, móveis sem préstimo, um pouco de tudo, fazendo deste espaço uma sucata urbana. E tanto pior ela é que se encontra do outro lado da rua uma escola do primeiro ciclo.
Sei que acontece nesta, como noutras, actividades de sensibilização das crianças contra o lixo. E, ao saírem da escola, mesmo com os pais a recolherem-nos, têm este belo exemplo.
E se é difícil de prever pela NASA onde cairá um satélite de várias toneladas e do tamanho de um autocarro, muito fácil é saber-se onde fica esta lixeira e intervir. Que é para isso que cada munícipe para as suas taxas e impostos e que são constituídas as empresas municipais de saneamento urbano.
Não poderei fazer nada quanto à NASA, até porque parece que o satélite terá caído algures para os lados do oceano pacífico. Agora quanto à Câmara Municipal cá do burgo e ao lixo ao pé de uma escola… vão ter que me ouvir, lá nos paços do concelho!

Texto e imagem: by me

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