domingo, 11 de setembro de 2011

Faz-de-conta



Se eu tivesse lareira, provavelmente seria assim que faria um retrato.
Mas não tenho. Nem mesmo uma falsa lareira, daquelas eléctricas, com chamas de faz-de-conta, sem fumo e com calor cheio de electrões.
Donde, foi um exercício o fazer este faz-de-conta. É uma fotografia de faz-de-conta, em que o calor durou, talvez, 1/10.000 de segundo. Bastava já o calor que entraria pela janela se estivesse aberta, que estava de dia.
Mas a fotografia é, por si mesma, um faz-de-conta.
Tal como é faz-de-conta tudo o mais que o Homem vai exprimindo nos seus diversos suportes, de inspiração ou de informação.
Restará a quem vê, esta fotografia ou tudo o mais que vai vendo e ouvindo ao longo do dia, acreditar ou pôr em dúvida.
E, no dia de hoje, fará todo o sentido pôr em dúvida o que nos chega: terá sido tudo verdade ou não terá sido uma terrível verdade pejada de faz-de-conta?

Texto e imagem: by me

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