Muito se vai
dizendo e escrevendo (e pensando) sobre a questão grega.
O País, a EU, as
instâncias internacionais, as vontades dos cidadãos e as vontades das bancas,
atribuindo culpas ao passado, ao presente e antevendo futuros mais ou menos
sombrios. No curto e nos médios e longos prazos.
Aquilo que não
vejo, ou oiço, é uma análise bem mais alargada. Fala-se da dor de cabeça e da
aspirina, mas não do motivo da dor.
Do meu ponto de
vista, decorre neste momento uma guerra mundial.
Não como
conhecemos as anteriores, com bombas e baionetas, mas económica, em que os
cidadãos, tal como nas outras, são carne para canhão.
Acontece, porém, que
ao contrário das anteriores, existem não duas mas três as forças em conflito. A
saber: União Europeia, EUA e China.
Qualquer uma delas
a tentar impor-se às restantes, com duas frentes de combate cada uma.
Acontece que não é
fácil manter duas frentes de combate com dois oponentes. Não é militarmente
racional nem logisticamente eficiente.
Aquilo que se faz,
e fez, são alianças ou tréguas temporárias entre dois dos beligerantes, para
derrotarem o terceiro, guardando para mais tarde o embate entre si.
A Europa é o elo mais
fraco nestes três. Nem se entende dentro dela, quanto mais ter força para
enfrentar os restantes!
De um modo ou do
outro, quer seja através do estrangulamento de recursos financeiros, quer seja
através de uma invasão de produtos, quer seja com “acordos” notoriamente vantajosos
para uma das partes, a Europa vai perdendo terreno aos poucos, quer com as
questões internas, quer com a submissão económica exterior.
Quando a Europa e
a sua União mais não for que a manta de retalhos que já é mas completamente
rota e desfiada, assistiremos então ao embate entre os gigantes, de um lado e
do outro do Pacífico.
A questão Grega?
Uma batalha nesta guerra global. Os Gregos? Aqueles que ficam a defender a
barbacã, sabendo-a condenada mas cujo sacrifício servirá, eventualmente, para
obter resultados numa estratégia bem mais alargada.
A questão
Portuguesa? Outra batalha. Os Portugueses? Defendendo uma segunda linha,
sabendo que as muralhas atrás de si estão fechadas e que serão esmagados se a
primeira linha cair.
Quando a primeira
linha cair!
By me
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