Estávamos
no trabalho, numa pausa entre tarefas.
Para
exemplificar o que estava a explicar tive que recorrer a uma fotografia que
havia publicado recentemente. E puxei do meu portátil, ligando-o e inserindo a
pen de acesso à rede.
Perguntou-me
o meu interlocutor:
“Então
mas tu usas isso aqui? Não usas a rede wi-fi interna?”
“Não!”
respondi. “A rede interna é para questões de serviço e agora é uma questão
particular. Tal como não uso o que é particular para trabalho.”
“Mas…
assim estás a pagar!”
“Estou!
Mas se nunca ultrapassei o plafond contratado, viver de acordo com os nossos
princípios é bem mais importante que apenas apregoa-los. E eu faço questão de não
ter vergonha ao olhar para o espelho.”
“Ahhhhhhh…”
Não
creio que o meu interlocutor tenha entendido a minha posição. Nem quem estava
por perto, que se riram e acrescentaram umas graçolas pouco edificantes.
Mas
sei, para além de qualquer dúvida, que de pouco adiantaria ir mais longe. Que,
para alguns, a lei do funil e o chico-espertismo são as molas da vida que se
sobrepõem a tudo o resto.
By me
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