Vi-a no arquivo e
lembrei-me.
Lembrei-me do gozo
que dá olharmos para um objecto e imaginarmos a imagem que podemos fazer com
ele.
E a estória que
poderá contar.
E levarmos o objecto
para casa, ficando à espera que as condições meteorológicas estejam propícias e
que os horários de trabalho sejam coincidentes com o que queremos fazer.
E sairmos de casa
com a tralha para um ponto específico, com uma objectiva específica, esperando
pela hora certa depois de testarmos a luz que levamos.
E quando o sol está
no sítio que queremos, com a cor que queremos, esperarmos pelo comboio que
sabemos que passará, lá longe, à tabela.
E fazermos uma
fotografia. Uma só. Que o acto de carregarmos no botão e tudo o que se lhe
segue e antecede mais não é que a materialização daquilo que vimos com os olhos
da alma.
E depois a outra,
a segunda versão naturalmente diferente, também antes imaginada.
E, em chegando a
casa e abrindo as imagens no computador, fazermos aquilo que sabíamos ser
preciso, mais décima, menos décima. Sem mais ajustes que um pequeno incrementar
de contraste e o ajustar a proporção desejada e habitual.
O gozo que dá
fazermos uma fotografia que imaginámos muitos dias antes. E termos exactamente
o resultado que queríamos!
O gozo que dá!
By me
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