Ou, se preferirem, como por vezes é a
imagem que se sobrepõe ao objecto.
Ou ainda, por outras palavras, como o protótipo
se anula perante a sua reprodução.
Note-se que o que se vê é uma fotografia de
uma fotografia: o corrimão e a torneira e cano tornados perceptíveis não por
eles mesmos mas pelo que a luz e sombra dele nos mostram.
Será mais importante a fotografia (ou a
imagem) ou o objecto fotografado? Nos tempos que correm, e do modo como a
fotografia – fazer e observar – se tornou omnipresente e omnipotente, as mais
das vezes o valor é dado a ela, fotografia, e não ao que ela representa.
A título de exemplo, refiro Kim Phuc, a
menina queimada por napalm, no Vietnam em 1972 e fotografada por Huynh Cong.
Hoje sobrevive a fotografia e pouco ou nada da menina, hoje mulher, em
sofrimento terrível.
By me
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