Esta
é uma fotografia daquilo que é hoje o “Jardim do Arco Cego”. Em tempos este
espaço foi parte integrante da central rodoviária da cidade. E, antes disso,
foi uma das estações de carros eléctricos e autocarros de Lisboa.
Posta
esta questão história, a questão pessoal: tenho por este espaço uma relação de
amor-ódio ainda não resolvida.
Gosto
do lugar pelo seu arranjo paisagístico, pouco comum na cidade, pela frescura e
espaço livre que veio criar onde não havia, pelo minimalismo do seu mobiliário
urbano (poderia ser melhor e em mais quantidade, mas gosto do que existe).
E
gosto das pessoas que o utilizam, tanto dos aqui trazem os seus cães para umas saudáveis
corridas e confraternizações como dos estudantes universitários que fazem dele,
ao cair da noite, o seu ponto de encontro, mais tranquilo ou mais exuberante
como lhes é peculiar. Sei que a vizinhança, conservadora, não gosta destes
visitantes ao “seu” espaço, mas a cidade é de todos.
O
meu “não agrado” pelo local acontece por ainda não ter conseguido dele fazer
uma fotografia da qual possa dizer “este é o jardim”.
Tenho
umas dezenas, quiçá centenas, de fotografias aqui feitas, pese embora não ser a
minha zona da cidade, e ainda não consegui ficar plenamente satisfeito com
nenhuma delas. Não creio que haja em Lisboa um local que me provoque tamanha
frustração!
Esta
foi feita ontem, quase às dez da noite.
Não
estava planeado fazê-la, nem sequer a minha presença no local. Recorri à minha
câmara de bolso e ao improvisado suporte de uma aparelho de ginástica de
manutenção ali existente.
Ainda
não é “A” fotografia deste jardim.
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário