sábado, 27 de junho de 2015

O jardim





Esta é uma fotografia daquilo que é hoje o “Jardim do Arco Cego”. Em tempos este espaço foi parte integrante da central rodoviária da cidade. E, antes disso, foi uma das estações de carros eléctricos e autocarros de Lisboa.
Posta esta questão história, a questão pessoal: tenho por este espaço uma relação de amor-ódio ainda não resolvida.
Gosto do lugar pelo seu arranjo paisagístico, pouco comum na cidade, pela frescura e espaço livre que veio criar onde não havia, pelo minimalismo do seu mobiliário urbano (poderia ser melhor e em mais quantidade, mas gosto do que existe).
E gosto das pessoas que o utilizam, tanto dos aqui trazem os seus cães para umas saudáveis corridas e confraternizações como dos estudantes universitários que fazem dele, ao cair da noite, o seu ponto de encontro, mais tranquilo ou mais exuberante como lhes é peculiar. Sei que a vizinhança, conservadora, não gosta destes visitantes ao “seu” espaço, mas a cidade é de todos.
O meu “não agrado” pelo local acontece por ainda não ter conseguido dele fazer uma fotografia da qual possa dizer “este é o jardim”.
Tenho umas dezenas, quiçá centenas, de fotografias aqui feitas, pese embora não ser a minha zona da cidade, e ainda não consegui ficar plenamente satisfeito com nenhuma delas. Não creio que haja em Lisboa um local que me provoque tamanha frustração!

Esta foi feita ontem, quase às dez da noite.
Não estava planeado fazê-la, nem sequer a minha presença no local. Recorri à minha câmara de bolso e ao improvisado suporte de uma aparelho de ginástica de manutenção ali existente.
Ainda não é “A” fotografia deste jardim. 

By me

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