domingo, 14 de junho de 2015

Aplauso



As estações de televisão fazem isto: colocam em torno de uma mesa, com um moderador numa ponta, pessoas de diversos quadrantes partidários para que discutam em frente das câmaras assuntos propostos.
Há uns anos, num desses programas, fez-se uma inovação: no lugar de convidar gente influente ou conhecida nos partidos com assento parlamentar, convidou gente que se estreava na candidatura a deputado numas eleições a acontecer em breve.
Por entre os diversos temas em debate, lembrou-se o moderador de colocar uma pergunta a ser respondida por cada um dos presentes: “Porque resolveram entrar agora na política?”
As respostas foram várias e dentro daquilo que se espera: esperança no futuro, vontade de fazer melhor, etc.
Excepto a de uma das presentes que, apesar de já não ser nova, se estreava como candidata a deputada: Diana Andringa.
Disse ela qualquer coisa como isto: “Política faço eu há muito tempo. Fui presa pela PIDE, escrevi para jornais, apresentei e dirigi informação televisiva, presidi a um sindicato, faço documentarismo… política faço eu há muito. Apenas agora decidi fazê-lo sob a égide de um partido e na Assembleia da República.”

Caramba! Não podia eu estar mais de acordo!
Muito se confunde o fazer política com o partidarismo.
Fazer política é intervir na sociedade, como se pode mas sem desarmar, no trabalho, nos cafés, no bairro… fazer política é agir com actos e ideias e bem para além das questões partidárias. Fazer política é praticar a cidadania, quer seja na casa maior da democracia – a Assembleia da República – quer seja a prática da cidadania fazendo a democracia correr nas ruas.
Por mim, prefiro e faço questão de praticar a segunda.
Um aplauso para a Diana Andringa!


Imagem: algures na net

By me

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