As estações de
televisão fazem isto: colocam em torno de uma mesa, com um moderador numa
ponta, pessoas de diversos quadrantes partidários para que discutam em frente
das câmaras assuntos propostos.
Há uns anos, num
desses programas, fez-se uma inovação: no lugar de convidar gente influente ou
conhecida nos partidos com assento parlamentar, convidou gente que se estreava
na candidatura a deputado numas eleições a acontecer em breve.
Por entre os
diversos temas em debate, lembrou-se o moderador de colocar uma pergunta a ser
respondida por cada um dos presentes: “Porque resolveram entrar agora na
política?”
As respostas foram
várias e dentro daquilo que se espera: esperança no futuro, vontade de fazer
melhor, etc.
Excepto a de uma
das presentes que, apesar de já não ser nova, se estreava como candidata a
deputada: Diana Andringa.
Disse ela qualquer
coisa como isto: “Política faço eu há muito tempo. Fui presa pela PIDE, escrevi
para jornais, apresentei e dirigi informação televisiva, presidi a um
sindicato, faço documentarismo… política faço eu há muito. Apenas agora decidi
fazê-lo sob a égide de um partido e na Assembleia da República.”
Caramba! Não podia
eu estar mais de acordo!
Muito se confunde
o fazer política com o partidarismo.
Fazer política é
intervir na sociedade, como se pode mas sem desarmar, no trabalho, nos cafés,
no bairro… fazer política é agir com actos e ideias e bem para além das questões
partidárias. Fazer política é praticar a cidadania, quer seja na casa maior da
democracia – a Assembleia da República – quer seja a prática da cidadania
fazendo a democracia correr nas ruas.
Por mim, prefiro e
faço questão de praticar a segunda.
Um aplauso para a
Diana Andringa!
Imagem: algures na
net
By me
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