sábado, 20 de junho de 2015

Marcando o território





Foi notícia recente, razoavelmente divulgada, uma festarola feita por uma empresa nova.
Trata-se da “Infraestruturas de Portugal”, que funde numa só as antigas “Refer” e “Estradas de Portugal”.
O objectivo da fusão será, terão dito, o racionalizar sistemas e custos. E a critica incidiu sobre a necessidade de reduzir despesas e o custo enorme da festarola.
Talvez que a festa tenha feito sentido, na linha de fazer unir num propósito comum gente de empresas distintas. Não é estranho isto, nos manuais de gestão e recursos humanos.
Estranho será (ou talvez não) isto que vim a encontrar em algumas colunas da belíssima Gare do Oriente, em Lisboa.
Esta identificação da nova empresa, em acrílico todo modernaço, mesmo ao lado dos painéis indicadores de horas e destinos dos comboios. Local para onde todos os passageiros olham. Marketing, naturalmente.
Mas o que o torna estranho é que estas novas definições estão presas com cuspo. Para ser mais rigoroso, estão presas com fica adesiva. Num sinal inequívoco da efemeridade da informação.
Seria de esperar que estivessem rebitadas, aparafusadas, cravadas, nas colunas, perpetuando a marca.
Mas não! Estão ali como que só por uns tempos, como que a querer dizer que agora se chamam assim, mas que em breve irão mudar de nome ou de dono.
Ou, em alternativa, o estarem aqui colocadas estas identificações é coisa de pouco tempo, que o seu destino final será o estarem à entrada de gabinetes e pontos de atendimento. Sinal claro de poupança no fazer das placas e respectiva fixação.
Sempre quero ver quanto tempo aqui estarão!

By me

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