Se
gosto da decisão do primeiro-ministro grego? Naturalmente que sim!
No
fim de contas, um governante deve cumprir a vontade do seu povo e se tiver dúvidas
sobre qual ela é, deve questioná-lo.
Pena
é que nos chamados “países democráticos” isto não suceda. Portugal incluído!
Portanto:
Palmas para os gregos, que têm a governá-los alguém que sabe o que é democracia!
E que a pratica!
No
entanto…
No
entanto não devemos ter ilusões!
Esta
foi uma jogada política de fino recorte, tanto interna como externa. Brilhante,
mesmo!
Ao
mesmo tempo que apazigua os ânimos internos, desviando de si o ónus de qualquer
responsabilidade nas negociações com os governos europeus e troika, confronta
estes com a decisão de uns milhões de europeus, tornando pouco significativas
ou importantes as opiniões de governos e banca num sistema dito democrático.
Está a dizer àqueles com quem se irá reunir hoje e nos próximos dias que aquilo
que lhes for imposto afecta milhões e não apenas aqueles governantes gregos na
sala. E está a dizer aos demais governantes europeus, bem como à banca, que
mais importante que as suas decisões é a opinião do povo que representam. E está
a questionar os seus interlocutores sobre se quererão correr o risco de
decidirem à revelia dos povos que representam.
Está,
em última análise, a questionar os países europeus sobre a democracia que
praticam e sobre quem dá lições de rectidão e transparência a quem.
Aconteça
o que acontecer nos próximos tempos, a Europa não mais será a mesma.
Imagem:
algures da net
By me
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