Difícil mesmo é
fazer com que as pessoas entendam que há coisas na vida que se fazem pelo
prazer de as fazer. Tão só e apenas pelo prazer!
Que todo o resto
que lhe possa estar associado pode ser secundário. E que não tem que ser,
obrigatoriamente, por dinheiro.
No Jardim da
Estrela perguntavam-me porque oferecia eu as fotografias.
Encenando um
pouco, acabava por dizer que se tratava de um estudo sobre fotografia e, se
insistiam muito, atirava-lhes com um ou dois nomes pomposos, acabados em –gia.
E acrescentava que não vivia daquilo, quando não já teria morrido de fome.
Houve mesmo quem
me perguntasse em que universidade estava a fazer o mestrado ou doutoramento,
para ali estar, assim, a fazer aquilo para estudar.
Há quem não
entenda que o “saber” pode ser um prazer e que a aprendizagem também. E que se
juntarmos a isso um outro prazer, no caso a fotografia, então as coisas
acontecem pelo prazer, tão só e apenas pelo prazer.
By me
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