domingo, 21 de dezembro de 2014

Trim-trim



Duas possibilidades:
Sair do trabalho, ir a correr para casa para jantar tão cedo quanto possível e, mesmo assim, ir para a cama ainda com a digestão por fazer.
Em alternativa, jantar ainda em Lisboa, sabendo que, ao iniciar as conversas com Morfeu, a questão digestiva estaria resolvida.
Optei p’la segunda.
É que, goste-se ou não, a temperatura mínima para Lisboa prevê-se que seja de 4. Mas eu terei que sair da cama meia hora mais cedo ainda, que o dever assim obriga.
Em boa verdade não terá mesmo que ser assim. Uma hora que fosse mais tarde e, mesmo assim, não teria que andar a correr. Mas há um truque muito meu, mas que não mantenho secreto, para tal.
A maioria das pessoas sai da cama com o propósito de ir trabalhar e protela o momento até à última. Aquilo a que costumo chamar “da cama p’ra rua, com passagem p’lo banho e p’lo pequeno almoço”.
Em chegando cá fora e enfrentando o mundo, está com os níveis de bom e mau humor a zero. Talvez que já de mau humor, já que saiu do sono por obrigação e já vai tarde.
O resto do dia passa-o entre obrigações, proibições e “fretes”, aumentando o nível de mau humor.
E consegue re-equilibrar o bom e o mau humor quando, no fim do dia, consegue tempo para fazer aquilo que lhe dá prazer, seja lá o que for. E é frequente recolher à cama ainda de mau humor, acumulando-o para o dia seguinte.
Não quero isto para mim, nem pouco mais ou menos!
Prefiro levantar-me bem mais cedo, uma hora ou hora e meia, e usar desse tempo para fazer coisas que me satisfazem ou dão prazer. Da literatura à fotografia, passando pelo cinema, produzindo conteúdos ou apenas usufruindo do que outros criaram, alimento a alma de coisas boas.
Ao sair de casa, venho já com um sorriso estampado no semblante, por fora e por dentro. De papinho cheio de bom humor, capaz de dar uma gargalhada p’ro mundo, mesmo no meio da noite dos trovões.
Claro que isto implica deitar mais cedo, para garantir um ciclo completo de sono. E de barriga cheia o sono nunca é reparador.
O que faço de bom grado, para garantir que o dia seguinte começa e continua tão bem quanto o possível.

A imagem?
Bem, hoje a câmara ficou em casa, p’lo que tenho que recorrer au arquivo: o meu “trim-trim” de bicicleta que tive que usar amiúde para conseguir chegar ao local onde estou a jantar.
Que isto de centros-comerciais, no último domingo antes do natal…
Quase que só à bruta se consegue caminhar um pouco mais rápido que caracol com reumático.


By me

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