A tradição já não é
o que era e a segurança alimentar, há anos, proibiu a fava e o brinde.
Já não sei quais
as justificações. Eu, e muitos, é que ficámos sem justificações materiais para
apostar mentalmente sobre qual a fatia onde estaria a temida fava. Já o brinde,
esse, mesmo sendo pechibeque era uma alegria.
Apesar da ausência
lamentada, o bolo rei ainda é, de permeio com as fatias paridas e as broas de
milho, aquilo que alegra o meu palato nesta altura do ano. Um bolo rico, um
doce de aproveitamentos, e um bolo dos pobres. Que as broas de milho, feitas de
farinha de milho, mel e ervas aromáticas também já escasseiam.
O que não
escasseia, queiramo-lo aproveitar, são as ocasiões em que a natureza se nos
dispõe no seu esplendor. Mesmo num dia em que as lojas fecham cedo, as
pastelarias e cafés têm menor quantidade de doces feitos e à venda, e todos
recolhem cedo que a noite se prevê fria.
Que os deuses vos
sorriam.
By me
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