Eu ouvi algumas
declarações e conversas. Não terão sido todas, mas foram algumas.
E não me convence
uma organização que aceita como legítimo, porque resultado da democracia, que
haja gente a viver pior que outros porque o seu trabalho assim o paga ou os
seus pais assim o propiciaram.
E se os fins não
justificam os meios, também os meios não serão a panaceia universal.
E se uma
organização, embrionária ou já madura, não defende que todos os seres humanos,
sem excepções, têm que ter acesso a boas condições de vida, independentemente
do ofício que exercem, defendendo por base estatutária o conceito de democracia
e ancorando-se assim na vontade das maiorias, não contam comigo como forma de
suporte.
Que a democracia
(a vontade das maiorias) não pode considerar como excluídos ou menorizados
aqueles que por nascimento ou por incapacidades de qualquer ordem, não
conseguem argumentar numa tribuna, conceber um circuito integrado, realizar uma
intervenção cirúrgica, fazer um jantar ou plantar uma árvore.
Uma sociedade
justa, fraterna e igualitária não pode apenas defender o direito à qualidade de
vida dos seus membros. Tem que promover a efectiva qualidade de vida.
Talvez que alguns argumentem
que na actual situação, nacional ou internacional, a urgência está em resolver
os problemas mais prementes - económicos - deixando essas questões para depois
disso.
Mas resolver
problemas prementes, continuando a aceitar as diferenças sociais, não é
resolver problemas. É manter os existentes com outras cores e nomes.
By me
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