Não! Como devem
imaginar, nunca o fiz.
Aliás, nem nunca o
vi fazer.
Apenas soube que
se fazia, e em tempos tão recuados como setenta ou bem mais anos.
Pegavam-se em
quatro metades como estas, de nozes, enchiam-se de pez, e colavam-se nas patas
de um gato que se apanhasse ou se deixasse apanhar. Depois, soltava-se o gato.
Agora imagine-se o
comportamento do pobre bicho, ao sentir aquilo colado nas patas, a ausência de
tacto que provocaria e, pior que tudo, o barulho que faria ao caminhar. E
quanto mais rápido andasse, mesmo corresse, mais barulho faria e mais o
assustaria.
Contou-me quem o
fez e o viu fazer que acabavam por apanhar o pobre bichano, exausto e
aterrorizado, algumas horas depois, num qualquer canto onde se refugiasse. Ou
mesmo em “campo aberto”, quando lhe faltassem as forças para fugir.
Frequentemente, os
autores da “brincadeira” acabavam por apanhar uma valente coça do dono ou dona
do gato. Mas era preciso que os apanhassem ou soubessem a autoria.
Maldades de
antanho, pouco consentâneas com o “politicamente correcto” ou o espírito ecológico
e de protecção dos animais que hoje vigora.
Felizmente!
By me
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