O meu projecto “Old
Fashion”, enquanto durou, funcionava assim:
Os fotografados
colocavam-se onde lhes dizia, de pé, sem que lhes indicasse nenhuma pose. A única
influência minha era o clássico “Olhó passarinho” imediatamente antes de premir
o cabo disparador.
De seguida
aproximavam-se de mim e da minha câmara e, enquanto a magia funcionava no seu
interior, questionava-os eu, para posterior estudo, sobre questões inócuas.
O processo (“magia”
e questionário) durava minuto e meio, mais coisa menos coisa. Particularmente
pouco tempo, se pensarmos nos processos arcaicos de
revelador/paragem/fixador/lavagem. Mas a minha magia era diferente.
Mas para os mais
novos, minuto e meio é uma eternidade. Muitos foram os que perguntavam “Então?
Nunca mais?!” em demorando mais a magia que as perguntas.
A minha resposta (frase
feita, é verdade) deixava muitos deles a olhar para mim com olhar desconfiado. E
um sorriso nos lábios, por vezes gargalhadas, nos semblantes dos mais velhos:
“As coisas boas da
vida fazem-se devagarinho.”
Por “coisas boas”
entendam o que quiserem. Continuo convencido da universalidade da afirmação,
incluindo o que se refere a fotografia.
Nota adicional: A
qualidade da imagem é o que é, mas é histórica. Feita com um telemóvel,
daqueles que já faziam fotografias, foi a primeira que me foi feita em acção e
a que tive acesso. Um especial agradecimento à minha amiga que ma fez.
By me
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