Com a mochila às
costas e a câmara no ombro, estava de conversa com quem mais, como eu, esperava
um comboio. Que talvez viesse, talvez não viesse, que isto de greves é aquilo
que se sabe. Mas que serve de tema para quebrar o gelo e desconhecidos
desabafarem as suas mágoas económico-laborais.
A dado passo,
diz-se a minha interlocutora, de vintes e tais e que estava a caminho do seu
trabalho, nas cozinhas de um hotel da capital:
“Então e não molha
a sua máquina?”, olhando para ela.
“Bem”, respondi. “Se
chover talvez.”
Foi o primeiro
sorriso que provoquei este ano fora de casa.
By me
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