É
por estas e por outras que afirmo que o sistema eleitoral e representativo que
existe em Portugal é uma versão podre do conceito de democracia.
Quando
os cidadãos são chamados a eleger os deputados da Assembleia da República, são
confrontados no boletim de voto com símbolos de partidos políticos.
No
entanto aquilo que eles representam, em cada círculo eleitoral, é um conjunto
de pessoas, uma lista, de candidatos que se apresentam por aquele partido. Não
importa qual.
É
daquela lista de candidatos, consultável nos tribunais locais, que serão seleccionados
os deputados que, e de acordo com o método de Hontd, representarão aquele círculo
eleitoral.
Respondem
eles perante os respectivos eleitores no que de bom e de mau fizerem.
No
entanto, depois de eleitos, estão sujeitos àquilo a que chamam “a disciplina de
voto”.
Por
outras palavras, aquilo que disseram aos seus eleitores que iriam fazer,
legislar e votar, fica sujeito às decisões do partido e das suas cúpulas. Mesmo
que os elementos dessas cúpulas não se tenham apresentado a sufrágio.
Qual
é, então, a legitimidade do Parlamento, que supostamente representa os cidadãos,
quando os seus membros se preocupam mais em obedecer ao núcleo duro dos seus
partidos que àqueles que os elegerem?
A
democracia representativa existente em Portugal é uma fraude que há que
desmascarar e derrubar tão breve quanto possível!
By me
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