quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Código de peão



Caminhar é das actividades mais antigas do ser humano. Talvez que por isso existam poucas, se algumas regras sobre o caminhar ou o andar nos espaços públicos.
A coisa mudou, radicalmente, quando os peões foram atirados para a valeta ou passeios, cedendo a maior parte do espaço aos automóveis. Foram criadas regras que, bem mais que proteger os peões, garantem a circulação dos veículos. É crime os peões impedirem a circulação automóvel. É mera contravenção o estacionar ou circular nos passeios.
E se, no primeiro caso, as autoridades comparecem de imediato perante uma queixa, já no segundo… bem, recorram a uma cadeira se o quiserem testar.

Mas certo é que eu possuo as minhas próprias regras de caminhar e ao partilhar um passeio com outra pessoa. Em particular se o passeio for não muito largo e ladear uma via de automóveis.
Faço questão que, do lado da faixa de rodagem, caminhe quem estiver de frente para os carros em andamento. Quer seja eu quer seja quem comigo se cruza. E desvio-me para uma ponta ou outra do passeio por forma a que assim suceda.
O motivo é fácil: caminhando de frente para os automóveis na beira do passeio é bem mais seguro que caminhar de costas para eles.
Mas faço excepções.
Se quem caminha de frente para os automóveis for criança, a pé, em cadeirinha ou ao colo, ou ainda se quem caminha tiver dificuldade em o fazer (cadeira de rodas, muletas, idade, sacos volumosos) a beira do passeio é minha, mesmo que de costas para os carros, deixando-lhes livre a zona segura. É-me bem mais fácil proteger-me dos carros que a eles.
Estão estes códigos de conduta no caminhar escritos em algum lado? Creio que não.

Mas, caramba! Eu preciso lá de leis ou códigos para respeitar e preocupar-me com o meu concidadão?!

By me

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