terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Press



Pese embora não me traga grandes amizades, continuo a defender hoje o que já defendia há 20 anos.
Todo o jornalista, não importando o grau hierárquico que ocupe ou a sua idade, deveria ser obrigado a deixar o seu carro à porta quatro a cinco semanas por ano, usando exclusivamente os transportes públicos nesse tempo.
Conheceria, assim e com mais rigor, a público a quem se dirige, os seus gostos e desgostos, dificuldades e alegrias. Deixaria de estar cativo de agendas e agência noticiosas, gráficos e estatísticas, audiências e tiragens.
Quando pegasse na caneta, teclado, câmara ou microfone, saberia exactamente para quem, de quem e sobre o quê estaria a falar.
Deixando de considerar o “público” ou “leitor” como uma entidade amorfa, inculta, que existe para endeusar quem lhe trás novidades e conteúdos.
Quantas vezes desajustados.


Esta norma deveria fazer parte não apenas dos contratos de trabalho mas, e principalmente, do código deontológico da classe.

By me 

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