Pese
embora não me traga grandes amizades, continuo a defender hoje o que já
defendia há 20 anos.
Todo
o jornalista, não importando o grau hierárquico que ocupe ou a sua idade,
deveria ser obrigado a deixar o seu carro à porta quatro a cinco semanas por
ano, usando exclusivamente os transportes públicos nesse tempo.
Conheceria,
assim e com mais rigor, a público a quem se dirige, os seus gostos e desgostos,
dificuldades e alegrias. Deixaria de estar cativo de agendas e agência
noticiosas, gráficos e estatísticas, audiências e tiragens.
Quando
pegasse na caneta, teclado, câmara ou microfone, saberia exactamente para quem,
de quem e sobre o quê estaria a falar.
Deixando
de considerar o “público” ou “leitor” como uma entidade amorfa, inculta, que
existe para endeusar quem lhe trás novidades e conteúdos.
Quantas
vezes desajustados.
Esta
norma deveria fazer parte não apenas dos contratos de trabalho mas, e
principalmente, do código deontológico da classe.
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário