sábado, 10 de agosto de 2013

Um filme



Volta e meia apetece-me.
Pegar num velho filme, daqueles que pouco adiantam que não seja entretenimento puro. Um daqueles com um final feliz, sem violência ou cenas ousadas, um filme para passar ao fim da tarde de um domingo numa qualquer estação de tv generalista, e ser visto por toda a família.
Desta fez voltou à minha pantalha o “Notting Hill”. Neutro, suave, bonito, daqueles que nos faz ir dormir feliz com uma história de encantar.
No entanto, e para os que gostam destas coisas de cinema, recomendo-o vivamente.
Realizado por Roger Michell, contem um sem número de pequenos detalhes, quase que insignificantes e parecendo supérfluos, que fazem a diferença entre um filme vulgar e um grande filme. De cada vez que o vejo descubro-lhe novos e deliciosos, bem para além da interpretação e do enredo.
Desta feita foi uma anónima pomba (ou pombo) que esvoaçou da parte de fora de uma janela, no momento certo da conversa em curso. Talvez que segundo e meio, não mais, de visibilidade. O toque para dar força ao que se dizia.
Consigo imaginar o trabalho que deve ter dado conseguir que o bicharoco surgisse na altura certa, com o trajecto certo.
Para já não falar que, numa cena onde os repórteres fotográficos da imprensa cor-de-rosa assaltam a porta de uma casa, dezenas de fotógrafos, olhando com atenção conseguem-se distinguir duas Pentax. Boa!

Para quem quiser um filme de verão, com uma inversão de valores no tocante a romances, mas com um final surpreendente mas feliz, com personagens surreais mas verosímeis, “Nottin Hill” é o filme!

By me

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