Volta
e meia apetece-me.
Pegar
num velho filme, daqueles que pouco adiantam que não seja entretenimento puro.
Um daqueles com um final feliz, sem violência ou cenas ousadas, um filme para
passar ao fim da tarde de um domingo numa qualquer estação de tv generalista, e
ser visto por toda a família.
Desta
fez voltou à minha pantalha o “Notting Hill”. Neutro, suave, bonito, daqueles
que nos faz ir dormir feliz com uma história de encantar.
No
entanto, e para os que gostam destas coisas de cinema, recomendo-o vivamente.
Realizado
por Roger Michell, contem um sem número de pequenos detalhes, quase que
insignificantes e parecendo supérfluos, que fazem a diferença entre um filme
vulgar e um grande filme. De cada vez que o vejo descubro-lhe novos e
deliciosos, bem para além da interpretação e do enredo.
Desta
feita foi uma anónima pomba (ou pombo) que esvoaçou da parte de fora de uma
janela, no momento certo da conversa em curso. Talvez que segundo e meio, não
mais, de visibilidade. O toque para dar força ao que se dizia.
Consigo
imaginar o trabalho que deve ter dado conseguir que o bicharoco surgisse na
altura certa, com o trajecto certo.
Para
já não falar que, numa cena onde os repórteres fotográficos da imprensa
cor-de-rosa assaltam a porta de uma casa, dezenas de fotógrafos, olhando com
atenção conseguem-se distinguir duas Pentax. Boa!
Para
quem quiser um filme de verão, com uma inversão de valores no tocante a
romances, mas com um final surpreendente mas feliz, com personagens surreais
mas verosímeis, “Nottin Hill” é o filme!
By me
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