Leio
um artigo em que a Nikon bane dos seus concursos de fotografia todas as imagens
feitas originalmente em filme, não aceitando mesmo as que tenham sido transpostas
para suporte digital por um scanner.
A
questão não me afecta muito, já que sou um fiel utilizador de câmaras Pentax,
mesmo possuindo uma Nikon, de bolso.
Também
me não restringe, já que não me candidato a concursos de fotografia. Não contem
comigo para participar em eventos onde, e para além da perícia técnica e posse
de equipamento, a criatividade é avaliada. Mal comparado, é um pouco como
discutir sobre qual o melhor pintor: Picasso, Dali ou Miro. Absurdo!
Mas
o que me deixou triste foi ver alguém defender esta restrição com o argumento,
e cito, “Neste momento a película nada tem a oferecer para além de limitações
ao processo criativo, algo que muitos criativos procuram.”
Dizer
que a criatividade está fortemente dependente da tecnologia empregue, que os
processos mais antigos já não servem a criatividade, e que só que usar o novo
fará algo de novo, deixa-me com um amargo de boca.
Regressando
ao exemplo da pintura, é como dizer que o óleo já não serve, porque foi
inventado o acrílico. Para já não falar no carvão.
Não
quero entrar em competição sobre criatividade. Até porque o meu trabalho não o
merece (bem que o gostaria). Mas sempre acrescento que a imagem que acompanha
este texto foi feita com uma Pentax LX, usando diapositivo como suporte e, como
objectiva, uma lupa simples, montada sobre um tubo de extensão de comprimento variável
para ajuste de foco. Neste trabalho, para controlo de exposição e nitidez e
para além do tempo, usei um disco de cartão com um orifício, justaposto na
frente da lupa.
O
resultado foi o que esperava e queria.
Falamos
de tecnologias de ponta?
By me
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