Vejo,
com tristeza, um montão de gente, algumas ilustres, a criticar a prestação de
Judite de Sousa numa entrevista que fez a um jovem milionário.
Esta
tristeza tem um valor de 65%. Não vi a entrevista e não posso aquilatar, em
primeira mão, dessa prestação.
Mas
os restantes 35% são sinceros. A saber:
Dez
por cento dessa tristeza advém de constatar que, por estarmos na “silly season”,
há gente que mais não tem que se preocupar com uma entrevista de sociedade. Ao
que julgo saber, a pessoa entrevistada em nada contribui para a sociedade,
cuidando da sua vida privada e nada na vida pública do país. Confesso que nem
lhe sabia o nome.
Outros
dez por cento ao ver darem tanta importância a Judite de Sousa e à abordagem,
pelo que li, sarcástica que fez. Só mesmo quem a não conhecer pode estranhar estes
e outros comportamentos destes nessa senhora. Infelizmente, conheço-a.
Dos
quinze por cento que restam, dez pela importância que está a ser atribuída aos
media. Dando-lhe a força de quarto poder que sempre eles quiseram ter, de serem
capazes de influenciar a opinião pública e os desígnios do país, sem terem sido
sufragados, alimentando a curiosidade mórbida do público e, enquanto ele se
alimenta de futilidades, impondo-lhes opiniões e moldando-lhes as atitudes.
Restam
cinco por cento de tristeza: que o canal televisivo onde decorreu essa
entrevista tenha tanta audiência, principalmente por parte de gente a quem
atribuo qualidades intelectuais.
Mas,
repetindo-me: não vi a entrevista, p’lo que estou a falar de cor.
By me
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